Mais uma vez a oposição insistiu,
ontem, durante sessão na Assembleia Legislativa (AL), por uma visita do
secretário de estado de Educação, Helenilson Pontes, ao parlamento, para
prestar esclarecimentos sobre o caos educacional no Pará.
O líder da bancada do PMDB, Iran
Lima, foi um dos que defendeu a proposta, reforçando ainda que o governo
do Estado não pode tentar transferir responsabilidades sobre os
péssimos índices da Educação no Pará. “Houve uma greve em 2014 que durou
metade do ano. Foram discutidos reajustes, compensações financeiras
para docentes. E hoje, desde o início desse mês, foi dito que seria paga
a última parcela desse reajuste e nada, embora o governo divulgue que
está em vias de ser resolvido e nós esperamos que isso realmente
aconteça”, disse.
“Mas é um dos problemas apenas.
Hoje mesmo [ontem] as TVs divulgaram um relatório elaborado com anuência
do Ministério Público Federal que trata sobre a precariedade das
escolas e informando que a Seduc não teria tido conhecimento sobre o
documento. A Seduc precisa vir aqui, sim, para esclarecer logo o que
está acontecendo com a infraestrutura escolar do Estado, que nós sabemos
que é extremamente precária”.
O petista Carlos Bordalo ratificou
o discurso do colega de oposição. “As lideranças, tanto do governo
quanto do PSDB nesta casa, quando discursaram, jogaram a questão para o
repasse do governo federal, fugindo do tema, como é de costume, porque
não conseguem responder algo que não tem resposta. Quem está dizendo que
esta é uma das maiores crises já enfrentadas pela educação pública
neste Estado não sou eu, nem o PT e nem o PMDB.É o Ministério da Educação, o Ministério Público Estadual, o MPF”.
Bordalo lembrou que na semana
passada, foi divulgado que 100 mil alunos na reta final do Ensino Médio
no Pará não possuem domínio sobre as operações matemáticas e nem da
Língua Portuguesa. “Em outubro, o Pará recebeu cerca de R$ 15 milhões em
verbas oriundas de convênio, mas o que ouvimos é que não tem dinheiro
para terminar as obras nas escolas. O governo de agora é de continuidade
e tem que responder, o secretário de Educação precisa esclarecer o que
está havendo”.